MTBAdventure

Tuesday, June 15, 2010

OAz - Trancoso - Oaz - 222 km

Esta era uma mini travessia que já estava preparada a algum tempo. Ligar Oliveira de Azemeis a Trancoso (Celorico da Beira). Não era a primeira vez que andava por aquelas bandas (Trancoso) mas a ideia de efectuar o trajecto em automonia aumentava o desafio. O fim de semana de 12 e 13 de Julho foi o escolhido. Na preparação um objectivo fundamental é efectuar o percurso fora de estrada, pelo menos o mais possivel.

No sábado as 07:30 acordei cheio de vontade de pedalar e rápidamente me pus a pedalar em direcção a casa do Paolo Giacosa. Assim que nos encontramos seguimos rumo a Janardo via Nespereira e o estradão de acesso a Srª da Saúde. Um subidinha a maneira para aquecer.
Como após uma subida é provável ter uma descida lá nos deliciamos a velocidades elevadas monte abaixo. Basicamente o percurso levava-nos a Pessegueiro do Vouga pelo mato
através de Vilarinho de São Roque e Vilarinho de São Luis.

Subida perto de Santo Adrião
Após cruzarmos o Vouga foi sempre a trepar, por entre estradões de terra irregulares. Esta parte do percurso até Cambra é fantástica com umas valentes subidas á mistura.
Vista perto de Antelas
Uma das muitas fontes pelo caminho... Esta em Antelas
Perto de Porto Ferreiro a barriga começou a chamar a atenção e decidimos parar. Ao ver o nome deste restaurante comentei para o Italiano: " Ainda vamos comer uma valente feijoada" ...
Adivinhem o que era o prato do dia... :)
A acompanhar um finos bem fresquinhos. No final um bolo de bolacha e um café para rematar. Impecável... :)
Torre Medieval de Cambra
Por acaso já tinhamos almoçado caso contrário a Taberna do Lavrador em Cambra é uma excelente opção.
Igreja em Cambra
Ao sair de Cambra passamos por baixo da A25 para o lado sul. Aqui tivemos um trepa de cerca de 8 km em direcção a Adsamo. Toda ela em asfalto, os primeiros dois na aldeia e os restantes por uma estreita estrada de acesso ao topo do monte. Notava-se que era um acesso com muito pouca circulação. O asfalto ajudou pois em algumas fase a inclinação era entre 15 a 20 %. Assim que nos aproximavamos do topo a vista era cada vez melhor.
Em Adsamo paramos para abastecer água numa fonte onde ainda à bem pouco tempo passamos no GeoRaid de S. Pedro do Sul.
De seguida descemos em direcção a Vasconha (até agora só tinhamos feito esta longo e duro caminho a subir). De seguida rolamos rápido em direcção a Aval por entre uma vasta zona de pinhal com vegetação densa. Numa constante mudança de direcção dada a grande quantidade de curvas foi sempre a "bulir".
Yeti
Weyless Sp
Após Queirela dirigimo-nos a Viseu onde dormimos na primeira noite. Ficamos no Hotel Grão Vasco mesmo no centro da cidade. No final do dia visitamos a zona antiga e esperamos a hora de jantar na praça de D. Duarte junto a Sé com uns aperitivos e umas cervejas numa esplanada. Para o jantar esperava-nos o Cortiço ao lado da Praça. O seu nome e reconhecimento gastronómica são de facto reconhecidos.

Após uma boa noite de sono acordamos nas calmas e tomamos um bom pequeno almoço. Partimos as 9:30 em direcção ao track na zona onde ficamos no dia anterior. Acompanhamos a A24 do lado norte em direcção a norte. Esta parte inicial foi um pouco lenta pois o caminho estava muito fechado e por várias vezes tivemos que desmontar. Após cerca de 6 km passamos por baixo da A24 e rumamos a Este em direcção a Sanguedinho das Maças. Após o cruzamento da A24 e até Trancoso todo o percurso é quase na totalidade fora de estrada, apenas é necessário cruzar algumas vias de menor movimento.
Descida do pinhal em direcção a Almargem


Em Almargem existe um pequena praia fluvial na margem do Rio Vouga. Infelizmente não pudemos vistar porque o complexo estava fechado.

Trilho ao longo do Vouga

Fomos pedalando durante cerca de 8 km ao longo do rio Vouga. Em alguns casos mesmo junto a marge. O trilho era no meio de uma vejetação muito verde e com as muitas árvores estavamos constantemente a sombra.

A subida ao Santuário de Santa Eufémia foi por entre o pinhal num estradão largo e rápido. Por todo o lado estavão grandes pedras, gigantes mesmo. Ainda andamos a pedalar por cima de algumas.



Este local, especialmente o monte de Santa Eufémia é uma gigantesca pedra, nunca vi nada assim. Vale a pena visitar.


Santuário de Santa Eufémia


Continuando o nosso caminho rolamos a velocidades elevadas por entre os estradões. Andamos muito tempo isolados das povoações enquanto as horas passavam.


O acesso ao senhor dos caminhos era por entre o pinhal com uma grande rede de caminhos. Predominantemente plano foi sempre a curtir e a levantar pó por estes trilhos até lá chegarmos.


Capela do parque do Senhor dos Caminhos
Aqui paramos para um recarregar baterias num pequeno café do parque. Ainda bem que o fizemos pois não sabiamos bem o que teriamos pela frente até ao final. Após uma sandes, uma Coca-cola gelada e um café seguimos viagem.
Até ao final os locais por onde passamos foram simplesmente fantásticos. Por entre vales e montes e foram algumas horas de puro BTT com a dureza das subidas e a adrenalina das descidas.

Em Cortiçada tinhamos um desafio duro pela frente. Este era o ultimo vale a atravessar. A descida efectuou-se de forma fácil e rápida, já a subida nem tanto devido a muita vejetação existente. Tudo era verde, muito verde. Parte da subida teve que ser feita a mão com a bike ao empurrão. Uma ou outra breve paragem, um respirar fundo enquanto se apreciava a paisagem e logo de seguida prosseguiamos. Aqui já as nossas reservas de comida e água estavm no fim. Estavamos sem comer há já cerca de duas horas.
A aldeia que iamos cruzar antes de Trancoso era Carapito e para o final ainda tinhamos que pedalar cerca de 25 km mais até ao fim. Assim e sem água decidimos pedir na aldeia a um dos moradores.
Na casa que escolhemos rápidamente comprovamos mais uma vez a hospitalidade e humildade das pessoas do interior. Nada faltou na mesa, desde o vinho tinto ao presunto. Bebam... Bebam... este não faz doer a cabeça... dizia o Sr. António Pires. :) Cheios de fome e sede estivemos num bom convivio cerca de 45 minutos por entre várias historias do Sr. António Pires.

Por entre mais um copo lá insistiu em mostar alguns dos seus tesouros e reliquias.


Vejam por exemplo estas duas Solex 1700 da Magnetti Marelli . Em óptimo estado estivemos a contêmplar estas maravilhas entre outras.
Após alguma insistência e cinco valentes copos de tinto acabamos por sair de Caratipo. O Sr. Pires dizia que tinhamos que subir até as antenas da serra do Pisco. :)
Lá arrancamos e por entre muitas gargalhadas fomos subindo. Nunca desmontamos mas estavamos com um calor enorme... hehe... o tinto era do bom. A baixa rotação a risota era frequente... e as antenas estavam bem longe.

A meio do caminho ainda paramos para refrescar. Estavamos com alguma sonolência... :) e muito bem dispostos.

Lá estavam as antenas na serra do Pisco... sempre a trepar.

Na subida já se via Trancoso do outro lado do vale. Este era o ultimo vale que iriamos neste caso contornar. Uma vez lá en cima respiramos fundo e atiramo-nos á descida. Já em estado normal é rara a descida onde não se eleve a adrenalina mas digo-vos já que esta foi uma loucura. Ainda meio anestesiados com o tinto fomos a picar pela encosta abaixo... Curva entre curva houve uma em que o Paolo saiu de pista. Eu não conseguia para de rir á gargalhada enquanto ele estava deitado no chão... Hehe... foi de chorar com o riso. Felizmente estava tudo ok até porque o piso era "confortável".
Recompostos retomamos o caminho contornando o vale. Ainda demoramos um bom bocado a chegar a Trancoso.

Este segundo dia acabou por se revelar duro não só devido a extensão e acumulado como também pelo cansaço do dia anterior.
Finalmente chegamos a Trancoso.

Rapidamente procuramos um lugar para reforçar as energias antes de rumar a Oliveira de Azemeis.
No total foram 222 km e 5515 m de acumulado.
Foi sem duvida um fim de semana a maneira. Uma excelente volta de BTT por entre trilhos fantásticos. Comeu-se e bebeu-se muito bem e ficam na memória boas histórias para recordar.
Este e outros tracks estão disponivel se necessitarem. É só solicitar.
Para o proximo mês já estou a preparar mais uma travesia do género.
Boas pedaladas

Thursday, June 10, 2010

OAZ - Cinfães do Douro - OAZ / 184 km

Pois é, foram cerca de 7 horas em cima da bike. Já não bastava no dia anterior uma prova (Uma aventura em Santa Maria de Lamas) o ritmo ter sido elevado e desgastante para no Domingo (06/06/2010) voltar a carga.



Desta vez alinhei com o Paolo Giacosa e o Joaquim Pereira. Saindo de Oliveira de Azemeis cruzamos com Joaquim Pereira na descida para as Caldas de São Jorge.

Seguidamente ligamos Caldas de São Jorge a Castelo de Paiva (já habitual). Posteriormente fomos pedalando ao longo do Douro em direcção ao interior de Portugal. O ritmo era muito forte e alternavamos na frente. Os ritmos iguais permitiram velocidades muito boas. A longa subida para Cinfães foi à maneira... sempre em carga trepamos com relativa facilidade até lá cima.

Depois descemos até Porto Antigo. Na esplanada da Estalagem de Porto Antigo (http://www.estalagemportoantigo.com/) descansamos uns minutos e enquanto nos refrescava-mos com uma Coca-Cola apreciavamos a bela vista para o Douro.

Porto Antigo
Bem após a breve paragem só andamos devagar os primeiros 10 a 15 minutos
pois rápidamente começamos no "picanço". A passagem do Douro para a margem Sul foi feita na barragem de Crestuma.


Barragem de Crestuma

Altimetria OAZ - Porto Antigo
Altimetria Porto Antigo - OAZ
Foi uma grande volta mesmo... 184 km / 2767 m de acumulado e média de 28 km/h, pois é uma média bem elevada... imaginem como estavam as pernas no fim.
No mês passado foram cerca de 1000 km... por este andar seram bem mais em Junho.

Boas pedaladas

Uma aventura e Santa Maria de Lamas

Mais uma manha de aventura (05/06/2010) desta vez em Santa Maria de Lamas.



Uma prova muito rápida. Foi sempre a abrir. O grande volume de treinos desde o inicio do ano também têm ajudado a evolução ( só no mês de Maio foram um pouco mais de 1000 km) e nesta prova onde na orientação nada falhou mesmo nas zonas mais técnicas e desactualizadas o ritmo foi muito bom.

Com a ausência do Hugo ( em França num Trail de 70 km com o Gato e o Adelino) o meu parceiro foi o Luis Barreiro.



A manha estava um pouco fria e a chuva aparecia de vez em quando. A prova começou com a etapa de btt que terminamos em 1h:44 sendo os primeiros a chegar. Ainda sobrou tempo para nos preparar-mos com calma para a etapa pedestre que concluimos em 45min.



No final a vitória foi nossa em ambas as etapas.